segunda-feira, 27 de junho de 2022

BARTOLOMEU DA ROCHA FAGUNDES

 

BARTOLOMEU DA ROCHA FAGUNDES, DEPUTADO PROVINCIAL NA PRIMEIARA LEGISLATURA, DE 1835 A 1837

POR LUÍS DA CÂMARA CASCUDO

O Pai do Vigário Bartolomeu tinha o mesmo nome do Filho , estabelecendo confusões quando se depara a identidade em épocas distantes

Nascera na Paraíba no ano de 1799 porque iniciado na Loja Maçônica Sigilo Natalense a 16 de maio de 1837, disse ter quarenta e sete anos de idade. Teve o nome maçon de Telleyrand.

 

Ficara uns tempos em Vila Flor onde nasceram os primeiros quatro filhos, dos dez que houve. Em Vila Flor nascera o filho Vigário e não em Natal. como aparece em livro de História. Em 1815 e não 1813.

 

O velho Bartolomeu foi figura poderosa no Partido Liberal que então se denominava Sulista. Apareceu votado nas batalhas, iniciais, denunciadoras de prestígio. Na terceira eleição para o Conselho do Governo, a 17 de novembro de 1828, foi o sexto Conselheiro. No dia seguinte houve eleição para o Conselho Geral da Província. Bartolomeu foi igualmente eleito Conselheiro, o quinto entre os treze, empossado a 6 de novembro de 1830

 

O Ato Adicional criou a Assembléia Legislativa em todas as Províncias do Império. Tivemos eleição a 10 de novembro de 1834 na Igreja Matriz. Bartolomeu quase foi eleito Deputado Provincial, o décimo-sétimo. a nono entre os vinte mais votados. Teve vinte e nove votos! Perdeu na apuração geral, atendendo-se às preferências dos outros colégios eleitorais do interior.

 

Cinco vezes mandaram-no à Assembléia Legislativa Provincial, 1838-39, 40-41, 42-43, 44-45 e 46-47. Em 1841 foi Vice Presidente da Assembléia assim como em 1845 sendo presidente João Carlos Wanderley e o bacharel Francisco de Souza Ribeiro Dantas.

 

Faleceu em fins de 1846 ou princípios de 1847. Não encontrei seu registro de óbito. Substituiu-o na Assembléia o deputado suplente bacharel João Valentino Dantas Pinajé

 

O velho Bartolomeu era homem vivo, tomando parte nas discussões, apreciando-as com propriedade e clareza. Ê nome de fácil encontro nas atas.

 

Entre outras reminiscências deixou a autoria única do projeto que se tomou a lei nº 71, de 10 de novembro de 1841. denominando Vila da Maioridade à antiga Povoação do Martins. A mesma lei criou a comarca da Maioridade, sendo o primeiro Juiz de Direito o dr. João Valentino Dantas Pinajé, o mesmo que o substituiria na Assembléia.

 

O velho Bartolomeu era filho de Francisco Gomes de Melo e de Maria do Espírito Santo, paraibanos. Casara com Florência Gomes de Jesus, filha de José Gomes Ferreira, português da Aguçadora, conselho da Póvoa do Varzim, distrito do Porto, e de Maria Josefa da Apresentação, nascida na cidade do Natal.

 

Fonte: CÃMARA CASCUDO, Luís da. Uma História da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte. Natal-RN, Fundação José Augusto, 1972. (págs. 320-321)

BARTOLOMEU DA ROCHA FAGUNDES

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